A equipa do Póvoa Futsal Clube visitou a sua congénere de Braga, na 1ª jornada da 2ª volta do Campeonato Nacional da II divisão. Depois de ser copiosamente batida no último jogo por um expressivo 8-1, com o Rio Ave, o estado anímico dos atletas não é o melhor nesta altura do campeonato, evidenciando até algum mau estar no plantel. As opções técnicas - tácticas do treinador Henrique Passos, são motivo de alguma insatisfação no núcleo duro da equipa, proporcionando alguma crispação. Para defrontar um adversário com ambições ainda de subida de divisão, era preciso um grãnde espírito de união, e sobretudo uma condução cirúrgica do banco, na gestão do esforço dos atletas. E, se noutras ocasiões não foi muito feliz o técnico poveiro, poderemos dizer, que neste jogo, Henrique Passos revelou sapiência ao utilizar apenas cinco jogadores de campo. Com o tridente Pedro Acácio, Jefferson e Bacalhau ao melhor nível, restavam um Pedro Salvador e o jovem Bruno para completar um quinteto que, desde o apito inicial, quis provar que tem capacidade para tirar a equipa dos lugares incómodos da descida. Numa 1ª parte com o domínio do jogo repartido pelas duas equipas, foram dos homens do Póvoa os lances mais perigosos. Defendendo como um bloco, os poveiros aproveitavam o adiantamento dos bracarenses para contra-atacar com muito perigo. O brasileiro Jefferson acabou por inaugurar o marcador aos 13 minutos, a passe de Bruno. Este golo, enervou os locais que procuravam, através de remates de fora, bater Fábio. O guardião poveiro esteve em bom nível neste encontro, com um punhado de boas intervenções. O Braga, recheado de bons atletas, não dava tréguas acelerando o ritmo de jogo, o que provocava o desgaste físico dos poveiros. A forte pressão dos bracarenses sobre o portador da bola, levava-os a cometer faltas, o que poderia dar motivo a livres de 10 metros. A pouco mais de 68 segundos, a equipa da casa consegue a igualdade num remate colocado 1-1. Ainda antes do apito para o descanso, Bacalhau poderia coroar uma excelente 1ª parte com a transformação de um livre de 10 metros. No recomeço, e no espaço de um minuto, dois golos. Primeiro para o Braga e dez segundos depois Jefferson bisa repondo a igualdade 2-2. Seguiram-se minutos de equilíbrio com algumas falhas na definição dos contra-ataques poveiros. Estivessem mais afinados e poderiam ter ampliado o marcador por diversas ocasiões. Foi no minuto onze desta 2ª parte que, mais uma vez, o génio de Bacalhau fica marcado neste encontro. Na cobrança de um livre, o remate do jogador do Póvoa saiu com marca registada, levando os adeptos ao delírio 2-3. Visivelmente satisfeitos estavam os seus familiares, especialmente o seu avô que é presença assídua nas bancadas nos jogos do Póvoa. A partir daqui, era tentar manter a vantagem que infelizmente foi perdida pouco tempo depois, num lance em que os níveis de concentração não foram os melhores 3-3. Com o Braga a apostar nos últimos minutos no guarda-redes avançado, poderiam os jogadores do Póvoa beneficiar da má circulação de bola. Não fora alguma ineficácia e a vitória chegou a espreitar aos poveiros. Uma referência especial aos que não chegaram a entrar na quadra. A forma como apoiaram os seus colegas foi inexcedível fazendo acreditar que este grupo pode ser rentabilizado. O futsal é uma modalidade muito específica e a integração de alguns provenientes do futebol de 11, tem que ser muito gerida para não provocar focos de instabilidade no grupo. No final da partida o técnico Henrique Passos reconheceu, a humildade do grupo e algumas limitações mas valoriza a qualidade e o carácter do grupo. No próximo jogo, em casa, contra o Boavista, a palavra de ordem é " Ganhar ".
Póvoa Futsal – Fábio, Pedro Acácio (cap), Jefferson, Bacalhau, Pedro Salvador, Reinaldo, Tiago, Bruno, Huguinho, Hélder, Ricardinho e Jorge Xuleiro.
Marcha do marcador: 0-1 Jefferson ; 1-1 ao intervalo; 2ª parte 2-1 ; 2-2 Jefferson; 2-3 Bacalhau ; 3-3 resultado final
Fonte: povoafutsal.com
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