quarta-feira, 29 de abril de 2009

POVEIRINHO DO MÊS

Este sábado, na EB 2/3 Flávio Gonçalves, mais cinco Poveirinhos vão ser premiados com o DIPLOMA 'POVEIRINHO DO MÊS'. Este diploma surge para premiar os Poveirinhos que cumprem os requesitos que a equipa técnica determinou ser fulcral para um bom desenvolvimento de um atleta Poveirinho:

  • Assiduidade
  • Pontualidade
  • Cumpridor das regras
  • Respeito pelos colegas
  • Companheirismo
Móni
Ricardinho
Bianchi
David
Didi

quarta-feira, 22 de abril de 2009

EDUCAÇÃO: ORDENS E OBEDIÊNCIA


Ordens e obediência

Antes de dar uma ordem, pense se ela é conveniente. Não mande muitas coisas seguidas, e nunca mande coisas contraditórias. O pai e a mãe devem estar sempre de acordo no que respeita a ordens e castigos. Nunca se devem contradizer um ao outro. E as ordens devem ser claras, de forma a que a criança as entenda. E bem descritas nos seus detalhes: prazo de tempo em que deve realizar-se, resultado que se pretende, etc. Por exemplo: arruma a casa de banho depois de tomares banho. Verificar que se entende "ao terminar o banho", e não à meia-noite; "tudo limpo", e que não basta recolher a roupa suja, etc.Não se lhes deve dar demasiadas ordens. Nem proibir-lhes coisas de nada.
O psico-pedagogo Dr. Luís Riesgo afirmou: "Não devemos fazer montanhas das colinas". Ser transigentes nas pequenezes. Em toda a pedagogia familiar vale mais ganhar uma batalha importante do que cem escaramuças sem importância.É preciso deixar sempre aos filhos um campo de autonomia. Não se esqueça de que a criança precisa de se auto-afirmar.Procure não mandar coisas demasiado difíceis. Mas, depois de a ordem ser dada, que seja cumprida. Se a criança conseguir impor a sua vontade uma vez, não o esquecerá, e sempre tentará consegui-lo de novo.
A criança deve saber que há ocasiões em que são inúteis os choros e os gritos. E você, pelo seu lado, cumpre também as recompensas e os castigos a que se comprometeu. São desorientadores para as crianças, e fatais na educação, esses pais que mandam, ameaçam e prometem muitas coisas... e depois não transformam nada disso em realidade, sem nenhuma razão justificativa: o castigo anunciado não se deve suprimir sem uma causa.Mas é preciso ter cuidado para que o castigo não corresponda ao nosso mau humor, mas sim à gravidade da falta e à responsabilidade da criança. Depois de a criança ter reconhecido a culpa, e de o castigo ter sido aceite, é muito pedagógico diminuir este com a promessa de emenda.
www.educação.aaldeia.net

EDUCAÇÃO: CRIANÇAS MIMADAS

Crianças mimadas

Os filhos não se podem ter mimados. A criança mimada torna-se caprichosa e pouco sociável. Isto há-de trazer-lhes problemas de aceitação entre os companheiros na escola, e irá dificultar a sua maturidade psicológica. Está comprovado que a criança que é bem aceite pelos companheiros, pelas suas qualidades pessoais, tem uma grande percentagem de probabilidade de um bom amadurecimento psicológico no futuro.Os filhos não se podem ter mimados, mas também não os devemos castigar sem razão. O castigo é inevitável, pois é moralmente impossível que os teus filhos não cometam alguma falta que o requeira: "Sem castigo não há educação possível", afirma um dos mais célebres pedagogos da nossa época, Foerster.
Para que o castigo seja educativo e eficaz deve ser sempre:
a) Oportuno: escolhendo o momento mais propício para o impor, depois de passada a ira em pais e filhos.

b) Justo: sem exceder os limites do que é razoável.
c) Prudente: sem nos deixarmos levar pela ira.

d) Carinhoso na forma: para que a criança compreenda que o castigo lhe é imposto para seu bem.
Não somos eficazmente castigados senão por aqueles que nos amam e a quem nós amamos.

terça-feira, 21 de abril de 2009

EDUCAÇÃO: PRÉMIO E CASTIGO?

Prémio e castigo
A educação é de uma importância transcendental e de grande responsabilidade para os pais. Há no mundo muitos homens que se lamentam de desgraças devidas a faltas e descuidos dos seus pais.
Em educação, como em tudo na vida, recolhe-se aquilo se semeou. É necessário inculcar nas crianças - gradualmente, à medida que elas vão sendo capazes de assimilar - a limpeza, a ordem, a obediência, o sacrifício, a lealdade, o espírito de serviço, a honradez, o saber renunciar, etc. etc.

E habituá-los a portarem-se bem em todos os lugares, a praticarem o bem embora seja penoso, a fugirem do mal ainda que seja sedutor, (...) espontaneamente e por iniciativa própria, mesmo que ninguém vigie nem castigue.

Quando forem mais velhos, será muito difícil que adquiram virtudes que não foram semeadas neles quando eram pequenos. As crianças, para seu bom desenvolvimento, precisam de carícias desde a primeira hora.

Fizeram-se estudos e verificou-se que crianças atendidas perfeitamente nas suas necessidades vitais, em centros especializados, mas com falta de carinho, mostraram anormalidades características.

http://www.educação.aaldeia.net/

segunda-feira, 20 de abril de 2009

POVEIRINHO DO MÊS

Amanhã, na sessão de treino que será realizada na escola EB 2/3 Cego de Maio, às 19h00, a equipa técnica entregará os diplomas de Poveirinho do Mês aos seguintes atletas:
GONGAS
NUÉ
SANTAS
JOÃOZINHO
FRANCISCO NOVO
GUILHERME

CONVIVIO PÓVOA FUTSAL - RIO AVE

A entrada no campo nos Poveirinhos com os Séniores do Póvoa Futsal - Rio Ave
Uma jogada de perigo? Será?
Um desafio... onde está a bola? :-)

Vejam só os seus posicionamentos!! Muito bem!
Alto lá!!!! Quem está caído????? :-)
Será que algum Poveirinho marcou golo?
Aposto que foi um livre perigoso!!!! :-)
Vamos lá fazer o nosso grito... «Quem somos nós? Póvoa, Póvoa, Póvoa!»
Mais uma vez os sócios do Póvoa Futsal mostraram o seu apoio aos Séniores do Povoa Futsal que acabaram por vencer 3-2 ao Rio Ave. Não nos esquecemos que tanto as escolinhas como os infantis deram um apoio incondicional aos craques! Parabéns a todos e vamos continuar o bom trabalho!

domingo, 12 de abril de 2009

FOTOS DA FESTA: TORNEIO DE PRIMAVERA 09

O Presidente do Póvoa Futsal Clube, João Rocha, com o Srº Engenheiro Aires, Vice- Presidente do Municipio a entregar a lembrança ao nosso capitão Santas.


Os Poveirinhos 'A' com os seus respectivos presentes do Torneio de Primavera 09'

Os números dos nossos futuros craques! :-)

Poveirinhos 'A' x Mindelo 'A'

A prepararem-se para mais um jogo!

Ricardinho10 'A' X Poveirinhos 'A'

Os Poveirinhos 'A' no balneário antes do jogo

TORNEIO DE PRIMAVERA: A FESTA DO PÓVOA FUTSAL CLUBE


Foi em clima de grande desportivismo, companheirismo e alegria, que na passada quinta e sexta feira santa, o Póvoa Futsal Clube realizou o 1º Torneio de Futsal Escolinhas, o Torneio de Primavera 09, no Pavilhão Municipal da Póvoa de Varzim! Os Poveirinhos participaram com duas equipas, o escalão 'A' ( 4 aos 7 anos) e escalão 'B' (8 aos 10 anos). Para este torneio foram convidadas as Escolas Futsal do Ricardinho10, do Mindelo e do Caxinas em que todas jogaram um mini torneio. No finall do torneio, a equipa campeã no Escalão A foi Ricardinho10 e no Escalão B Poveirinhos 'B'.

Todos os participantes do 1º Torneio de Primavera levaram como lembrança uma T-shirt e um saco Adidas, com o apoio da loja TOP SPORT. Desta forma todos os poveirInhos já podem guardar as suas sapatilhas de futsal! :-)

A EQUIPA. POVEIRINHOS 'B'

Em cima: GR, Joel, João, Bruno, Santas, Francisco, António
Em baixo: Guilherme, Gui, Rochinha, Gongas, Tomás, Lata

A EQUIPA: POVEIRINHOS 'A'

Em cima: Mister Albano, Miguel, Nué, Bianchi, Moni, Gongas, Gui, Rochinha, Francisco, Mister José
Em baixo: Daniel, Santas, Tiago, Ricardinho, João, Iuri, David

quarta-feira, 8 de abril de 2009

COMPORTAMENTOS DOS PAIS... COMO AJUDAR OS SEUS FILHOS?

Martin Lee (1993), no excelente livro sobre o treino de jovens de que de que é autor(Coaching Children in Sport), apresenta uma lista de conselhos que ele julga ser de todo conveniente fazer chegar aos pais dos praticantes desportivos mais jovens, indicando as atitudes a evitar do seu envolvimento mas fazendo-as acompanhar dos aspectos comportamentais que devem ser realizados e que serão mesmo bem vindos.

Segundo este autor, os pais devem pois:
- ir ver os jogos das equipas em que os seus filhos participam;
- encorajar o respeito pelas regras;
- dar o exemplo de uma relação amigável com os pais dos jogadores das outras equipas;
- realçar sempre a importância do prazer de jogar e da alegria que esses momentos proporcionam;
- elogiar o esforço realizado e o progresso conseguido;
- aplaudir todas as boas jogadas, seja quem for que as realize, da equipa do filho ou do adversário.

Ao mesmo tempo que refere estas áreas onde a intervenção poderá ser favorável, pelo contrário, é aconselhado aos pais dos jovens praticantes a não tomarem qualquer das seguintes atitudes:
- forçar excessivamente o envolvimento dos seus filhos na prática desportiva;
- provocar, comentar ou interferir no trabalho dos árbitros;
- tecer comentários negativos, principalmente em público e em voz alta sobre outros jogadores, outros pais ou acerca dos árbitros;
- interferir com o treinador do filho e com o trabalho que ele realiza;
- criticar os resultados alcançados pelo seu filho.
Um estudo de dois psicólogos suecos (Carlson e Engstrom, 1987) sobre este tema, permitiu-lhes chegar à seguinte conclusão: “um dos factores mais importantes, que determinam a possibilidade de um jovem praticante desportivo chegar ao nível de topo, é a moderada expectativa com que os pais acompanham a sua participação, o que não quer dizer desinteresse mas apenas que não o colocam sob pressão para alcançar resultados”.

terça-feira, 7 de abril de 2009

A FORMAÇÃO NO FUTSAL

A formação compreende toda a vida. Em nenhuma etapa da vida possuímos um conhecimento absoluto de algo. Ao longo do desenvolvimento ontogénico, são adicionados ou subtraídos ao nosso substrato cerebral: ideias, conhecimentos, pensamentos,...A criança ao longo do processo de formação vai colmatando com informação e conhecimentos, espaços em vazio, ou alterando a sua forma, organização e expressão.

Em fases iniciais de formação, o treino deve acentuar-se de contornos que possibilitem à criança, preencher os défices emocionais, tácticos, técnicos, físicos, psicológicos, ..., que apresentam.O treino nos Jogos Desportivos Colectivos de crianças e jovens foram, durante largo tempo, uma réplica ou uma adaptação mais ou menos estreita dos conhecimentos e formas de organização do desporto de alto rendimento.

Os métodos e conteúdos tradicionais baseados na experiência, não suprem as necessidades para o sucesso na formação e treino de atletas. Apesar de esta situação ter vindo a ser superada, prevalecem dificuldades que resultam, antes de mais, da falta de referências de enquadramento mais sólidas.A um outro nível, a investigação desta realidade confronta-se com dificuldades resultantes da complexidade das questões a tratar. Os sujeitos em questão encontram-se em fases muito dinâmicas do seu processo maturacional e de formação da personalidade.

A necessidade de qualificação da prática durante os anos de formação desportiva favorece o jovem bem como a expressão da modalidade. A formação de jovens atletas, actualmente é vista de forma diferente. Qualquer modalidade desportiva é alicerçada na formação que se realiza em idades mais baixas.


A problemática do desenvolvimento da criança enquanto ser vivo no qual interage activamente ao longo de todo o processo, tem sido alvo de constantes preocupações e reflexões aquando da operacionalização do treino.A cada vez maior aposta na formação de jovens atletas é fundamental para a evolução do desporto em geral e do Futsal em particular. Não é uma tarefa que caiba apenas aos grandes clubes, mas a todos, porque esse é o segredo da evolução da modalidade.

Cada vez mais, interessa apostar na formação, para que a qualidade venha a tornar-se exemplar. A qualidade futura, reclama a qualidade do treino presente tendo em vista o desenvolvimento do Futsal. Os jovens jogadores de hoje, serão os atletas de elite do amanhã pelo que importa conhecer as exigências com que se depararão num futuro próximo.


Ao treinador compete largar o momento presente e pensar no futuro, para que assim todo o seu trabalho não tenha sido em vão. Pouco acrescenta um jogador, que tenha estagnado numa filosofia de jogo antiquada, sem capacidade de se adaptar às novas exigências. Para tal, o treino deve ser em função do jovem e da modalidade praticada e nunca do treinador, que se vangloria com sucessos insignificantes.
Autor:Prof. André Teixeira

FUNÇÕES DO TREINDOR DE FUTSAL - Parte 2


A competição é o momento chave do trabalho do treinador com os jogadores. É na competição em que se traduz o trabalho dos treinos. Ao passo que durante os treinos o treinador podia frequentemente intervir, corrigindo aspectos que considera-se menos positivos, na competição isto já não acontece bem assim. De facto na competição o “actor principal” é o jogador pois é ele que toma as decisões. A competição tal como o treino é um local que permite ao treinador extrair todo um conjunto de informações que considere úteis.

Outro aspecto que é muito importante durante uma competição para um treinador é a necessidade que ele tem para não exteriorizar emoções, algo quem nem muitas vezes acontece. Na competição existem duas componentes que não são necessariamente antagónicas, que são a vitória e a derrota. Na realidade embora em primeira análise a derrota seja “má” e a vitória “boa”, em muitos casos a derrota pode tornar-se numa vitória quando o treinador é capaz de realizar uma análise daquilo que se passou de errado de forma a que numa próxima altura seja possível que esses erros não sejam cometidos novamente. Em qualquer um dos casos é necessário respeitar sempre os adversários, não sendo este o momento mais indicado para se realizar grandes análises da competição.

Quanto á relação do treinador com o seu atleta posso afirmar que independentemente da modalidade em causa toda a relação treinador-atleta deve ser o mais individual possível. Na realidade facilmente se percebe o porquê dessa necessidade nos desportos ditos individuais, mas tal não se passa nos desportos ditos colectivos. Sendo uma equipa muito mais do que o somatório dos atletas, ela não deixa porém de ser um conjunto de indivíduos todos diferentes e a complexidade do universo aumenta.

Para atletas diferentes, deverá haver diferentes tipos de relação e por outro lado para o mesmo atleta em situações diferentes poderá ser necessário intervir também de maneira diferente, mas sem nunca esquecer um aspecto fundamental que é o facto da relação do treinador com o atleta necessitar de ser essencialmente justa e adequada às circunstâncias: umas vezes brusca, outras vezes afável. Nunca se deve no entanto repetir em demasia o feedback , de forma a que estes não “percam a carga” transmitida pelo treinador. Outro aspecto importante é o aspecto da coerência, sentido de justiça e competência.

Quanto à relação do treinador com os outros podemos verificar que durante a sua actividade o treinador tem de estabelecer contactos frequentes com um grande número de pessoas entre elas árbitros, dirigentes, público, pais dos jogadores jovens, outros treinadores e ainda com os órgãos de comunicação social.

Destes, destaco a relação do treinador com os árbitros, julgo ser necessária a existência de um diálogo entre ambos de forma a que, quer o público, quer os próprios jogadores sintam que está a haver uma boa relação entre ambos, que o jogo é o mais correcto possível e que o relacionamento entre os jogadores é beneficiado com estes aspectos.
Outra das relações que destaco é a relação do treinador com os órgãos de comunicação social, uma área que o treinador deve “controlar” de forma a retirar o máximo proveito possível. Na realidade hoje em dia a comunicação social deverá ser vista sempre como um aliado e nunca como um adversário dado o seu grande impacto com a sociedade em geral.
Outro aspecto importante é o facto da necessidade do treinador estar atento àquilo que se passa à sua volta e para isso contribui o papel da comunicação social. O treinador deverá possuir uma atitude de formação permanente, fruto de uma dúvida fundamental: “aquilo que sei hoje será verdade amanhã?”. O treinador deve ainda ser um estudioso atento e permanente, das questões ligadas ao exercício da sua função.




Autor: Prof. André Teixeira

FUNÇÕES DO TREINADOR DE FUTSAL - Parte 1

O treinador de Futsal deverá ter em consideração outros aspectos que não sejam somente os do foro técnico. É necessário que o treinador se envolva directamente nomeadamente ao nível do clube, ao nível do treino, ao nível da competição e ao nível do jogador e a sua relação com o atleta e ainda ao nível da relação com os outros. Ao nível do clube o treinador deve intervir nas áreas de:

1 – Organização Administrativa do Clube (propondo formas para organizar o clube, apresentando soluções para os problemas com que ele próprio depara);

2 – Sector dos Materiais e dos Equipamentos (sem esquecer as possibilidades financeiras apresentar soluções a problemas em relação ao material e equipamentos);

3 – Instalações Desportivas (“fazer-se ouvir” em situações de melhoramentos e remodelações das instalações desportivas, no sentido de resolver problemas e melhorar se possível as condições para todos os indivíduos intervenientes na modalidade em causa);

4 – Organização do departamento técnico (no sentido de haver ligação entre os vários sectores do clube, tornando-os complementares e convergentes através da tomada de acções como a decisão quanto ao número de escalões, caracterização técnica do trabalho a realizar, etc... ); Ao nível do treino (que é a área de maior intervenção), o treinador tem que ser capaz de encontrar as razões que levaram ao sucesso ou insucesso na competição. Outro aspecto importante está relacionado com o facto do treinador ter a necessidade de estar bem identificado com aquilo que se propõem ensinar de forma a que durante a realização saiba o que vai fazer e como o vai fazer.

É necessário que o treinador se organize de forma a que consiga recolher todos os dados, quer positivos, quer negativos dos atletas de forma a que consiga determinar possíveis erros ou comportamentos, com o objectivo de possibilitar a realização de um estudo mais pormenorizado sobre aquilo que são as suas “matérias-primas”. Outro aspecto importante num treinador é o facto da necessidade de estar equipado com um vestiário que lhe permita o correcto desempenho dessas tarefas e também de se “aproximar” mais dos seus atletas.

Durante o treino, o treinador:
- exemplifica e demonstra (o que quer que os seus atletas realizem); - observa (tudo e todos que participam no treino);

- corrige (explicando ao atleta como deve realizar, sendo por isso um momento dinâmico e transformador);

- auxilia (o executante em algumas situações, que possibilitam ao atleta obter as primeiras informações motoras do movimento que de outra forma são muito difíceis);

- participa (em determinadas situações mas sem nunca permitir que exista confusão entre quem treina e quem é treinado);

- controla (a actividade dos atletas durante o treino, nos mais diversificados aspectos como a duração de cada exercício ou aspectos exteriores de fadiga).

Autor: Prof André Teixeira

Campeãs Distritais 2008/2009


Como neste blog também se divulga o futsal feminino, a treinadora dos Poveirinhos vem desta forma felicitar a equipa de futsal feminino Restauradores Avintenses pelo titulo distrital conquistado! Aproveito também para congratular a equipa técnica Prof. André Teixeira e José Fernandes pelo titulo e desejar toda a sorte do mundo para a Taça Nacional... que o titulo venha para o Norte!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

“ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO TREINO DE FUTSAL”

1 – DEFINIÇÃO DE GESTÃO
A gestão eficaz de um treino de futsal consiste na capacidade do treinador conseguir:

  • Índices elevados de envolvimento dos alunos nos treinos
  • Um número reduzido de comportamentos perturbadores por parte dos aluno
  • Um uso (aproveitamento) eficaz do tempo do treino.
2 – ESTRATÉGIA DE GESTÃO

De uma forma geral, o treinador necessita de gerir os seguintes aspectos:

  • O clima emocional das situações de apredizagem
  • O comportamento dos alunos
  • As situações de aprendizagem

Ao contrário do que se passa eventualmente pensar, um controlo rígoroso por parte do treinador relativo ao comportamento dos alunos, está associado a elevados níveis de aprendizagem, e a uma atitude favorável face às aulas. Este controlo pode ser realizado sem recorrer à coacção ou a estratégia punitivas. O treinador eficaz, é antes de tudo, um gestor eficaz. Deve ter a capacidade de distinguir entre estratégias de prevenção e de remedição. As primeiras são de importância fundamental, se bem que se devam dominar ambas.

3 – FINALIDADES DA GESTÃO DO TREINO
· Garantir que os alunos entrem rapidamente no pavilhão
· Começar o treino “a tempo e horas”
· Garantir que os alunos estejam atentos às instruções e demonstrações
· Garantir que os alunos se organizam e transitam rapidamente
· Envolver os alunos nas situações de aprendizagem
· Garantir a segurança dos alunos e o seu bom comportamento

4 – FACTORES DE GESTÃO DO TREINO
Em primeiro lugar é necessário saber que quando mais reduzidos forem os comportamentos de gestão do treinador, em príncipio, melhor está a gerir as suas aulas, ou seja, se observarmos um treinador num treino e registarmos uma quantidade elevada de tempo disponivel para a prática, rápidas transições entre as actividades, índices de comportamento apropriados dos alunos elevados, e muito poucas perturbações, com o treinador a intervir pouco na gestão do treino, provavelmente este está a geri-la de forma adequada.São comportamentos de gestão (verbais ou não verbais) por parte do treinador as intervenções nos seguintes momentos:
  • Organização de uma situação de aprendizagem
  • Deslocamentos dos alunos de um lugar para o outro, ou de uma actividade para outra
  • Indicações acerca do euipamento ou material
  • Correcções ou reacções a comportamentos de desvio dos alunos.
O principal factor de um bom treino é o TEMPO DE GESTÃO, ou seja, o tempo consumido no treino em comportamentos de gestão da mesma: A investigação no ensino demonstrou que os treinadores tendem a passar muito tempo em actividades de gestão. Está investigação demonstrou também que os comportamentos de desvio dos alunos ocorrem com maior frequência durante as actividades de gestão, principalmente quando estão numa situação de espera.Uma actividade de gestão começa com um comportamento de gestão emitido pelo treinador, ou um sinal combinado, e continua até a próxima instrução ou actividade começar.O tempo total de cada uma das actividades de gestão, vezes o número de vezes que acontecem, mais o tempo total.

5 – TÉCNICAS PARA IMPLEMENTAR UMA GESTÃO EFICAZ
Um dos grandes objectivos de gestão é a definição de rotinas específicas para diversas situações tipicas do treino e a promoção da sua apredizagem, de forma a que possa decorrer normalmente. Se os alunos aprenderem de forma adequada as rotinas de aula, podem também aprender outros comportamentos organizativos que melhorem a eficácia global dos treinos.
  • Começar a aula à hora pré-determinada, e informação rápida sobre a primeira actividade reduzindo ao máximo episódios perturbadores (definição do local de reunião, treino de rotinas de aquecimento, etc)
  • Usar um processo rápido de registar presenças, evitando a tradicional e aborrecida “chamada”
  • Definir regras de comportamento
  • Combinar e utilizar regras e sinais para actividades específicas de organização:
  • Distribuir e utilizar material portátil
  • Preparar e arrumar material mais pesado
  • Entrar e sair do treino
  • Participar nas actividades
  • Esperar a sua vez para realizar a tarefa
  • Formar grupos
  • Transitar de situação ou actividades
  • Chamar atenção da equipa
  • Reunir o grupo
A introdução destas regras deve ser progressiva, não se pode exigir de alunos destas idades que apredam e cumpram várias regras ao mesmo tempo, e só se deve complicar uma regra quando a outra já estiver em fase adiantada de consolidação.
As regras podem ser introduzidas através de jogos, num ambiente de desafio. Se o treinador pretende que os alunos a um sinal visual (mão no ar) interrompam a actividade e se mantenham atentos ao que vai dizer, podem começar por jogar o jogo das estátuas com diversos sinais, escolhendo depois aquele que se passará a utilizar em todas as aulas.
O treinador pode combinar com os alunos diversas regras:
  • Regras de utilização dos materiais, expressando-as pela positiva, por exemplo, “os pinos transportam-se na mão sem arrastar”, as bolas perdidas vão para o canto “dos perdidos e achados”, etc.
  • Quando estão em situações de atenção, os “alunos devem ter o pé em cima da bola”, de facto se pretende que o treinador intervenha de forma rápida e de forma a ser ouvido por todos, deve haver um sinal combinado para que os alunos interrompam de imediato as actividades e o oiçam.Para solicitar atenção dos alunos, o treinador pode utilizar sinais visuais (mão aberta ou fechada), em vez de sinais sonoros (como as palmas). A utilização de sinais visuais tem algumas vantagens:
  • Não é necessário mais barulho, adicional ao já existente no treino
  • Os alunos não se podem “alhear” da presença do treinador e do desenrolar da actividade. A todos o momento o treinador pode levantar o braço, sinal ao qual os alunos devem responder parando imediatamente e aguardando o que o treinador lhe irá dizer, ou efectuar sinal de reunião (mão fechada) para que se agrupem junto dele.
  • Usar elevados indices de feedback e interacções positivas
  • Os comportamentos de gestão por parte dos alunos para serem aprendidos rapidamente, necessitam de feedbacks com elogio (para os alunos mais novos funcionam os FB quantitativos com elogio “ só demoraram 22 segundos a arrumar o material, muito bem!”, para a alunos mais velhos é melhor explicar o objectivo de adquirirem bons hábitos de gestão (mais tempo de prática e de jogo) e ocasionalmente dar FB quantitativos com elogios.
  • Ser capaz de conseguir atender a situações inesperadas sem quebrar o ritmo e sequência do treino
  • Ser capaz de intervir com clareza, eficácia e rapidez.
  • Evitar a fragmentação.Evitar colocar pequenos grupos de alunos a fazerem o que todo o grupo pode realizar, acreditando que o controlo dos alunos se torna muito mais fácil
  • Evitar tornar as actividades muito analiticas

Alguns treinadores cometem o erro de tornarem certas actividades tão analiticas, que perdem todo o sentido para os alunos. Estes desinteressam-se rapidamente, perdem o ritmo r o entusiasmo e a actividade deixa de ter qualquer beneficio.

6 – MOMENTOS MAIS CRITICOS DO TREINO DE FUTSAL

  • Instrução inicial da sessão
  • Organização e gestão das actividade
  • Supervisão e controlo da prática dos alunos
  • Feedback pedagógico
  • Relacionamento afectivo entre treinador e alunos.
6.1 – INSTRUÇÃO INICIAL DA SESSÃO
  • Discurso inicial deve ser breve, mas eficaz, no sentido dos alunos se consciencializarem daquilo que vão fazer
  • O posionamento do treinador nesta fase é muito importante de forma a ter o grupo de frente, e poder verificar o impacto do discurso nos alunos. Erros mais comuns:
  • Não indicação de objectivos
  • Má posição do treinador ou dos alunos
  • Demonstração erreda ou incompleta
  • Não verifica a compreensão da informação (questionamento)
  • Deficiente colocação da voz
6.2 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DAS ACTIVIDADES
A organização das actividades no treino de futsal é fundamental, na medida em que deverá permitir transições e intensidades adequadas para todos os alunos. As maiores dificuldades encontradas estão associadas ao facto do treino não estar devidamente preparado.Erros mais comuns:
  • Pertubações provocadas pelos alunos que não participam no treino
  • Ausência de sinais combinados /treinados
  • Desadaptação das actividades ao nível dos alunos
  • Dificuldades na colocação dos alunos em prática e perda de tempo nas transições
  • Formação de grupos inadequada
  • Desmobilização dos alunos por desinteresse pela actividade proposta
6.3 – SUPERVISÃO E CONTROLO DAS ACTIVIDADES
  • O controlar activamente a prática dos alunos, implica que passem o maior tempo possível em actividade motora, e que esse tempo seja de empenhamento na tarefa.
  • O controlo dos alunos está associado à estratégia de deslocamento e posionamento que o treinador adopta em função do tipo de alunos e do tipo de actividade. Daqui resulta que deverá sempre que possível ter o maior número de alunos, ou os alunos “mais importantes” (do ponto de vista do controlo), sob o seu campo visual.
  • Relativamente preocupante é a distanciação e a imobilização do treinador, porque é impeditivo da interacção individualizada e imediata. A circulação pelo meio dos alunos, não é um erro grave, no entanto, geralmente está associada à impossibilidade de verificar o que está a acontecer nas suas “costas”.
  • Erros mais comuns:
    o Deslocar-se pelo meio dos alunos, sem controlar a turma
    o Perca de controlo do grupo, por centração excessiva dos alunos
    o Manter-se fixo, distante da actividade, observar ao longe

6.4 – FEEDBACK PEDAGÓGICO
Todos os especialistas e analistas do ensino, recomendam uma eficaz utilização do feedback como essencial na aprendizagem motora.Os treinadores apresentam 2 tipos de erros mais frequentes: a dificuldade de acompanhar o aluno até que obtenha êxito, e a dificuldade de realizar uma boa observação, focalizada nos aspectos mais importantes do movimento. A primeira, parece ter a ver com a preocupaçãp em chegar a todos os alunos, limitando a sua intervenção à ocasião da sua passagem por cada aluno. A segunda, deverá ser consequência de uma deficiente preparação no que respeita à análise das tarefas a observar. Erros mais comuns:
  • Não acompanhamento da prática após feedback
  • Falta de identificação dos erros, não apenas dizer que foi mal executado
  • Falta de pressão sobre a execução
  • Falta de Intervenção de feedback
  • Predominância de feedbacks sem reforço cognitivo
  • Didiculdades no feedback quinestésico
6.5 – RELACIONAMENTO AFECTIVO

A falta de interacção com os alunos (clima de aula) é uma das dificuldades mais complicadas de ultrapassar, pois está associada à personalidade do treinador.Este normalmente centra-se em exclusivo no plano de treino, nos aspectos técnicos, evitando a interacção afectiva.Erros mais comuns:
· Falta de entusiasmo, monotonia
· Não tratar os alunos pelos nomes próprios
· Dificuldade em ouvir os alunos
· Centração excessiva no plano de treino
· Distanciação dos alunos, não realizando interacção
· Não encoroja, não incentiva os alunos
· Julga mais do que descreve

7 – ALGUMAS CONCLUSÕES
Os treinadores mais eficazes:
  • Não gastam muito tempo em informação (centram-se essencialmente sobre os aspectos relativos às tarefas do treino)
  • Controlam mais frequentemente a informação transmitida (questionamento)
  • Comunicam-na mais vezes de forma mista (verbal e Visual / Gestual)
  • Dirigem –se mais frequentemente à classe
  • Ouvem os alunos
  • Estão mais frequentemente bem colocados quer em situações de actividade motora dos alunos, quer em situações de actividade não-motora, tendendo a controlar melhor os seus alunos
  • Propõe actividades mais diversificadas e motivadoras
  • Empenham adequadamente os alunos nas tarefas
  • Utilizam mais os alunos nas demonstrações
  • Proporcionam um óptimo clima de treino (ambiente caloroso e estimulante)